Guilherme Nilson ALVES DOS SANTOS 1 , Yara Teresinha Corrêa SILVA-SOUSA 2 , Ana Laura Lima ALONSO 1 , Aline Evangelista SOUZA-GABRIEL 1 , Alice Corrêa SILVA-SOUSA 1 , Fabiane Carneiro LOPES-OLHÊ 1 , Renato ROPERTO 3 , Jardel Francisco MAZZI-CHAVES 1 and Manoel Damião SOUZA-NETO 1

1 Department of Restorative Dentistry, School of Dentistry of Ribeirão Preto, University of São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brazil
2 Faculty of Dentistry, University of Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP, Brazil
3 Adult Restorative Dentistry Department, College of Dentistry, University of Nebraska Medical Center (UNMC), Lincoln, NE, USACorresponding author, Renato ROPERTO; E-mail: rroperto@unmc.edu
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Evaluation of the push-out bond strength of an adjustable fiberglass post system to an endodontically treated oval root canal

Objetivo: Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar odesempenho biomecânico de tratamentos endodônticos de dentes restaurados compinos de fibra de vidro adaptáveis (Splendor-SAP) ​​em comparação com pinos defibra de vidro comuns, no que diz respeito à resistência de união push-out, einterface adesiva.
Implicância clínica: A resistência de união push-out é capaz de avaliar a adesividade entre o pino e as paredes dentinárias. Splendor-SAP além de possuir a adesividade pela cimentação, também possui imbricamento mecânico pelo deslizamento da luva pelo pino principal, em contato com as paredes dentinárias. A interface adesiva sem lacunas e/ou gaps é um indicativo importante da resistência a fratura de todo o conjunto pino/raiz/coroa.
Resultados:

A Tabela 1 apresenta os valores médios do BS (resistência de união) do pino de fibra de vidro (SAP e CFP) no intervalo de tempo inicial e aos 6 meses após a cimentação nos diferentes terços (cervical, médio e apical) do pino de fibra de vidro. A análise de variância mostrou valores de BS mais altos no intervalo de tempo inicial para SAP (Splendor-SAP) (10,3±5,3) em comparação com CFP (pino de fibra de vidro convencional) (6,3±2,5) (p<0,01). Após 6 meses, a análise de variância mostrou redução estatisticamente significativa da BS em ambos os grupos avaliados (SAP ou CFP) (p<0,001), porém, sem diferença estatisticamente significativa entre eles (p>0,05).
Comparação entre terços e tempo de intervalo dos espécimes, no intervalo de tempo inicial, mostraram que no terço cervical, SAP (15,5±3,3) apresentou maior valor de BS quando comparado com CFP (8,0±2,1) (p<0,05), entretanto, nos terços médio e apical os diferentes espécimes não mostraram estatisticamente significativa diferença (p>0,05). Após 6 meses, o SAP  apresentou maiores valores de BS nas regiões cervical (5,3±3,4), média (2,4±2,1) e terços apicais (1,5±0,8) quando comparados com CFP nos terços (p<0,05)  cervical (1,4±0,2), médio (1,0±0,5) e apical (0,5±0,2) terços (p<0,05) dos espécimes (Tabela 1, Figs. 2A–F).
A Tabela 3 apresenta as pontuações obtidas nas imagens SEM, de acordo com estudos anteriores 3,8,10,11,32,34) teste de regressão linear mostrou uma diferença estatística significativa em relação aos intervalos de tempo de avaliação e no intervalo de tempo inicial, predominância de adaptação entre o cimento resinoso e a dentina radicular foi observada tanto para SAP quanto para CFP. Após 6 meses, foi possível observar áreas de desadaptação com lacunas menores que 1 μm para o grupo SAP, enquanto no grupo CFP foi possível observar lacunas, algumas delas maiores de 10 μm (p=0,000).

Na avaliação após 6 meses, foi possível observar significativa má adaptação(seta amarela na Fig. 4C) na interface adesiva entre o pino de fibra de vidro/cimento resinoso e a dentina radicular, apresentando maior percentual de lacunas e espaços vazios, com maior evidência de fraturas e microfraturas para o grupo CFP (Figs. 3E, F e 4C) quando em comparação com o grupo SAP (Figs. 3G, H e 4D).A análise SEM em ampliação de 300 × mostrou uma forma mais uniforme e fina camada de cimento resinoso sobre espécimes restaurados com SAP do que naqueles restaurados com pino de fibra convencional (Figs. 4A–D).
Discussão:

• Raízes restauradas com SAP apresentaram valores de BS (resistência de união) mais altos em comparação com CFP
• Vale ressaltar que a inserção da luva sobre o pino proporciona um sistema homogêneo com maior volume de fibra de vidro, além de possuir módulo de elasticidade semelhante ao da dentina radicular e menor linha de cimentação, conforme observado neste estudo. Segundo Penteado et al. o conteúdo homogêneo de fibra de vidro no grupo SAP permitiu melhor distribuição de forças e tensões ao longo da raiz, ao contrário do que ocorreu com os pinos anatômicos de fibra de vidro.

Conclusões:

Com base nos resultados deste estudo in vitro, o seguinte foi concluído:1. O sistema SAP para o canal radicular mostrou maiores valores de força de ligação push-out comparados com pinos convencionais de fibra de vidro e pode ser recomendado em ambientes clínicos após maiores investigações.2. Melhor adaptação do material restaurador a dentina foi observada no terço cervical com prevalência de falhas adesivas em ambos os grupos de pinos de fibra de vidro.3. Após 6 meses a partir do momento da cimentação, como a interface adesiva foi exposta aos mecanismos de degradação do colágeno, houve uma redução na força de ligação push-out em ambos os grupos de pinos estudados.